
Aproveitando estes dias de final de férias, preparando o regresso à vida do dia a dia, pus-me a “limpar” roupeiros aqui por casa e enquanto “maricondava” (conhecem a Marie Kondo, certo?) pus-me a pensar na quantidade de tralha que acumulamos e porquê.
E então enquanto desapegava de muito daquilo que já me disse tanto, apeteceu-me partilhar contigo os meus pensamentos.
Lê com atenção
A palavra “desapego” causa alguma confusão porque pode ser interpretada como algo frio, egoísta e a pessoa que o pratica com facilidade pode, também facilmente, ser considerada como indiferente em relação aos outros.
Acontece que escolher praticar o desapego pode representar um óptimo estado de equilíbrio emocional uma vez que potencia maior flexibilidade na adaptação às situações da vida.
Já percebeste como temos o hábito de reter/guardar coisas nos nosso dia a dia?
Temos roupas que não usamos, objetos que nem sabemos onde estão, dinheiro que guardamos porque pode ser preciso, pode fazer falta, porque pode acabar (entre várias outras coisas)…
E com as pessoas❓
É impressionante como sem perceber, tratamos as pessoas que amamos com sentimento de “posse” e muitas vezes, até acreditamos que a nossa felicidade depende delas.?
E o que dizer acerca do nosso ponto de vista?!
Deste é que é realmente difícil desapegarmo-nos!
Praticar o desapego é prepararmo-nos internamente para aceitar as possíveis mudanças do nosso quotidiano.
Trabalhar a flexibilidade é uma das formas mais eficazes de vivermos em harmonia.
Quando somos inflexíveis em relação a alguma coisa ou alguém na verdade estamos é apegados à nossa forma de fazer, de ter, pensar e/ou viver.
Pode doer abrir mão das coisas e de algumas pessoas, mas a boa noticia é que quando o fazemos abrimos espaço para que o novo entre nas nossas vidas, permitimos que o fluxo de energia de abundância corra livre, passamos a receber cada vez mais e a sensação de perda e escassez desaparecem.
Pensa lá comigo, quando tens um copo cheio de água o que acontece se continuares a deitar? Transborda e não recebe mais, certo?
Mas se ele estiver só pela metade? Vai receber e guardar a nova água que lhe deitares.
Connosco também é assim.
Só podes receber se tiveres criado o espaço para tal.
Pensar em não ter algo ou alguém da forma a que estamos habituados ativa em nós um sinal de alerta interno, retira-nos da zona de conforto e pode paralisar-nos; faz-nos querer reter mais, acomodar na rotina e consequentemente deixamos de ter espaço para o novo, para outras experiência e aventuras, para outras pessoas.
A resposta para conseguir praticar o desapego, na minha opinião, é não só olhar para tudo aquilo que temos e escolher aquilo com que queremos ficar (coisas e pessoas) e nos faz bem mas também investir em nós mesmo.
Investir no nosso amor próprio, no nosso equilíbrio pessoal, na auto aceitação, na nossa motivação.❤️
Cada um de nós tem o seu jeitinho muito próprio de se desenvolver e transformar.
Quando somos/estamos inteiros, as relações com os outros acontecem sem cobranças e/ou expectativas.
As coisas já não têm tanto o valor financeiro porque a abundância prevalece e lutar para defender o nosso ponto de vista muitas vezes passa a ser pura perda de tempo e energia.❤️
Quando estamos equilibrados aceitamos melhor as diferenças e permanecemos felizes vendo e aprendendo com o ir e vir da vida.
Sem apego.
Deixando apenas fluir.❤️
DEIXA IR… DEIXA FLUIR!