Tu também só vês aquilo que queres ver?

“O pior tipo de cego é aquelo que só vê o que quer ver” – ditado popular ?

Há uma tendência natural no ser humano para procurar informação que seja consistente com as suas hipóteses e crenças e assim evitar informação que o contrarie e vá contra aquilo em que acredita, ou seja, o ser humano tem um eviesamento natural para a confirmação.

Waren Buffett (um dos homens mais ricos do mundo) disse que “aquilo que o ser humano é o melhor a fazer é, interpretar toda a nova informação de forma a que as suas conclusões anteriores permaneçam intactas”.
Quando temos uma ideia formada, procuramos informação que confirme a nossa visão, e ao mesmo tempo ignoramos e rejeitamos informação que possa lançar dúvidas sobre essa ideia. Ficamos assim prisioneiros das nossas crenças e deixamos de analisar a informação de forma racional.

Temos inúmeros exemplos do enviesamento para a confirmação na vida do dia-a-dia; por exemplo, alguém que tenha uma baixa auto-estima, fica sensível ao facto de poder ser ignorada por outras pessoas. Esta pessoa vai procurar constantemente por sinais que mostrem que as pessoas não gostam dela. E os sinais que mostrem o contrário não vão ser processados da mesma forma. Mesmo um comportamento neutro ou positivo, pode ser interpretado de forma a encaixar-se nas crenças de que que as pessoas não gostam dela. Por exemplo, se alguém sorrir para ela, ao invés de pensar que foi um sorriso simpático imaginará que estava a rir-se dela.

No local de trabalho este enviesadamente torna-se quase uma autoprofecia (efeito pigmaleão).Um líder que pense que o seu colaborador não é dedicado, inteligente ou profissional, vai estar atento à informação que vá ao encontro desta crença, reforçando-a. Qualquer informação que não se adapte a esta ideia será descartada ou mesmo reinterpretada, de forma a encaixar-se na sua crença.
Um dos motivos para este enviesamento é que o nosso cérebro tem a função de optimizar a energia e aceitar a informação que confirma as nossas crenças requer um gasto menor de energia mental, ao invés do maior esforço que requer contradizer a informação.

Estas crenças que todos temos podem ser enormes limitadores da nossa evolução.
Tendemos a repetir os padrões de pensamento das coisas em que acreditamos; se esses pensamentos forem positivos e cheios de auto confiança e energia, podemos dizer que temos crenças possibilitadoras, mas se ao invés a linguagem interna, os pensamentos, que usamos connosco forem negativos e com baixa auto estima então estas são crenças limitadoras. A linguagem que usamos connosco mesmo, os nossos pensamentos, funcionam como uma profecia auto proclamada.

Aquilo em que acreditamos é aquilo que fazemos acontecer.

Se sempre ouviste coisas como “Quem nasce para 5 nunca chega a 10”, ou “Esta não vai longe, mas a irmã…”, “Não tens cabeça para números”, “Não fazes nada direito!” etc, é natural que dentro de ti tendas a acreditar  que é verdade, e ao achares que é verdade estás a limitar o teu potencial.
As boas noticias é que não tem que ser sempre assim; TU PODES MUDAR ISTO! 

PRIMEIRO PASSO é admitir que todos temos crenças, o SEGUNDO é identificar e compreender quais são as tuas e onde nasceram (que as causou), e o TERCEIRO é enfrentá-las e transformá-las, ressignificando-as.

Claro que o podes fazer sozinho em casa mas, como qualquer outra pessoa sem formação na área, irás sentir dificuldade em ver todo o cenário (uma vez que estás intimamente envolvido com ele)e por isso um Coach será o melhor profissional para te ajudar, uma vez que possui o conhecimento, a metodologia, as técnicas e as ferramentas a utilizar em cada uma das diferentes situações.

Se te sentires sozinho ou perdido neste processo sabes que podes contar comigo.

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